Autogestão: o que é e por que ela é determinante para o MEI?

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Microempreendedor individual que sabe se organizar pratica a autogestão diariamente.

Essa é a melhor maneira de lidar com as ameaças que todo negócio enfrenta, ainda mais quando se trata de uma empresa individual.

Lembrando que MEIs, apesar de serem uma empresa formada por apenas um sócio, podem também ter um empregado contratado pelo regime CLT.

Sem autogestão, o empresário corre sério risco de negligenciar seus deveres, consigo próprio e com a pessoa por quem é responsável.

Entenda neste conteúdo como gerir o seu negócio para ficar sempre em dia com suas obrigações.

O que é autogestão?

Autogestão é o processo em que um indivíduo ou grupo assume a responsabilidade pela administração e organização de suas atividades, projetos ou negócios.

Implica tomar decisões, definir metas, gerenciar recursos, e monitorar o progresso de uma atividade de forma independente, sem a necessidade de supervisão direta.

No contexto de negócios, a autogestão pode se aplicar a empreendedores individuais, que são responsáveis por todas as operações de seus negócios, desde finanças até marketing e gestão do dia-a-dia.

Qual a importância da autogestão nas empresas?

Para um MEI, a autogestão é um componente inseparável na condução de suas atividades.

É uma abordagem quase automática quando se trata de negócios personificados por apenas uma pessoa.

Engana-se, porém, quem vê na autogestão um assunto meramente burocrático.

Na verdade, ela é muito mais estratégica, já que é por meio dela que o MEI traça objetivos para o seu negócio e define de que forma pretende atingi-los.

Por que a autogestão é determinante para o MEI?

Para quem conduz um negócio por conta própria, sem o apoio de terceiros, a autogestão é quase obrigatória.

MEIs são o melhor exemplo disso, já que eles são responsáveis por todas as suas atividades, tanto as principais quanto as de retaguarda, como finanças e contabilidade. 

A capacidade de autogerenciar suas atividades aumenta as chances de sucesso, por meio do controle dos recursos, além de orientar no cumprimento das obrigações fiscais

Como fazer autogestão? 7 dicas

Embora a capacidade de gestão possa ser uma habilidade que já nasce com o empreendedor, na maioria dos casos ela precisa ser treinada e desenvolvida.

Ou seja, a maior parte dos MEIs vai precisar, em algum momento, aprender sobre assuntos como notas fiscais, contabilidade, finanças e marketing.

Considerando que a maior parte dos MEIs não tem ensino superior, para alguns é preciso começar do zero em questão de gestão de negócios.

Veja na sequência como fazer a autogestão do seu empreendimento em 7 dicas práticas que você pode aplicar hoje mesmo.

1. Organize as finanças

Toda organização financeira começa pelo orçamento mensal, que pode ser feito por meio de um livro caixa.

Liste todas as suas despesas e receitas nesse registro, categorizando as despesas em fixas e variáveis.

As fixas são aquelas que não variam muito com o tempo, enquanto as variáveis oscilam, principalmente quando a produção aumenta ou diminui.

Acompanhe regularmente seus gastos e ajuste seu orçamento conforme necessário para garantir que suas finanças permaneçam equilibradas.

2. Mantenha registros atualizados

Manter registros financeiros atualizados requer disciplina.

Utilize ferramentas como aplicativos de controle financeiro ou planilhas para registrar todas as transações.

Neles, você pode controlar datas, descrições, valores e categorias de gastos, entre outros aspectos financeiros e fiscais.

Revise esses registros regularmente para garantir que você está atualizado em relação à sua situação financeira.

3. Defina metas realistas

Não é porque a empresa é individual que ela não pode trabalhar com metas.

Pelo contrário, analise suas finanças atuais e defina objetivos alcançáveis a curto, médio e longo prazo, considerando suas capacidades, deficiências e o contexto externo por meio da análise SWOT.

Lembre-se que, ao dividir metas maiores em etapas menores, você facilita o acompanhamento do seu progresso, ajustando suas estratégias conforme necessário.

4. Separe finanças pessoais do negócio

De acordo com uma pesquisa publicada no site da B3, a bolsa de valores brasileira, um em cada três empresários mistura finanças pessoais com as do negócio.

Esse é um erro a ser evitado, já que, no longo prazo, o empresário cria o mau hábito de recorrer ao caixa da empresa para arcar com as suas despesas individuais ou familiares.

A primeira medida para evitar que isso aconteça é abrir contas bancárias distintas para manter separados os caixas.

Além de evitar a mistura de fundos, manter contas distintas ajuda a manter a clareza sobre os gastos.

É preciso também habituar-se a registrar todas as transações financeiras do negócio, mantendo recibos e documentos organizados, além, é claro, de jamais fazer retiradas em nome pessoal dos fundos da empresa.

5. Planeje o fluxo de caixa

Sem um planejamento de fluxo de caixa, a saúde financeira do seu negócio tende a ir de mal a pior. 

Essa é a única maneira de ter um controle constante sobre os recursos de uma empresa, permitindo saber de onde o dinheiro vem e para onde vai.

Comece criando um calendário financeiro que detalhe todas as entradas e saídas de dinheiro esperadas em um determinado período.

A partir disso, antecipe custos operacionais, despesas fixas e variáveis, além das receitas previstas.

Leia também: Como fazer um fluxo de caixa para MEI passo a passo.

6. Invista em marketing

Todo MEI deveria investir na promoção do seu negócio, não apenas para gerar mais receitas, mas para consolidar sua reputação.

Para isso, é preciso entender seu público-alvo e os canais de marketing ideais para alcançá-lo.

Crie uma estratégia de marketing que contemple a publicidade online, com presença nas redes sociais e ações de marketing de conteúdo conforme seu nicho. 

Acompanhe o desempenho de suas campanhas e faça ajustes conforme necessário para otimizar seus investimentos.

7. Esteja atento às obrigações fiscais

Apesar do regime tributário super simplificado, quem é MEI também tem suas obrigações fiscais, como toda empresa.

Nesse sentido, a autogestão é ainda mais importante para antecipar gastos e garantir o pagamento das contribuições mensais via DAS MEI.

Isso sem contar que todo MEI é obrigado a fazer a declaração do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ), podendo assim controlar o seu faturamento anual e validar o enquadramento na categoria.

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