Reserva de emergência para MEI: como montar e o que fazer com esse dinheiro

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A reserva de emergência para MEI é sua melhor garantia contra períodos de baixa nas vendas e imprevistos da vida pessoal.

Esse dinheiro deve ser guardado para urgências, de forma que você sempre tenha recursos para cobrir custos inesperados, manter seu negócio funcionando e evitar dívidas.

Afinal, o autônomo precisa de segurança financeira para lidar com qualquer situação, mesmo sem um salário garantido.

Continue lendo e comece a poupar o quanto antes.

Reserva de emergência para MEI: por que é importante?

A reserva de emergência para MEI é um valor que deve ser guardado para lidar com imprevistos e gastos inesperados.

Todas as pessoas devem possuir essa reserva em dinheiro, independentemente de sua ocupação e condição financeira.

No entanto, a reserva de emergência é ainda mais importante para o microempreendedor individual, principalmente quando a MEI é sua única fonte de renda.

Afinal, o profissional autônomo não recebe salário, e os rendimentos podem variar muito de um mês para o outro.

Em um mês ruim, com as vendas em baixa, é fundamental ter uma reserva de emergência para cobrir custos inesperados e manter o negócio funcionando.

Essa reserva é usada para imprevistos pessoais como um conserto emergencial do carro ou um procedimento médico e, em alguns casos, também serve como capital de giro – valor em caixa que cobre os custos do negócio até o recebimento das vendas.

O importante é ter dinheiro suficiente guardado para lidar com qualquer situação sem comprometer as finanças e se endividar.

Como montar uma reserva de emergência para empresa MEI

Montar uma reserva de emergência para MEI pode ser um desafio para quem não tem experiência com gestão financeira.

Confira nossas dicas para se sair bem nessa tarefa.

1. Calcule os custos da MEI

O primeiro passo para montar uma reserva de emergência para MEI é levantar todos os custos que você tem com seu negócio.

Existem basicamente dois principais tipos de gastos:

  • Custos fixos: são custos essenciais para o funcionamento da empresa que não variam conforme o ritmo de produção e vendas, como aluguel do espaço, folha de pagamento dos funcionários, despesas administrativas, internet, etc.
  • Custos variáveis: são custos que variam de acordo com os resultados de produção e vendas, como as compras de produtos de fornecedores, comissões, impostos, etc.

É importante ter esse valor contabilizado, pois você precisa saber quanto custa manter seu negócio para definir o montante que precisa ser poupado como reserva.

Entenda quais são as despesas fixas e variáveis da sua MEI

2. Calcule seus custos pessoais

Como a MEI é uma empresa individual, é natural que os custos pessoais influenciem nos resultados do negócio.

Isso é particularmente importante se a MEI é sua principal fonte de renda e se o lucro é usado para pagar suas contas – realidade da maioria dos microempreendedores do país.

Então, você precisa calcular também seus custos mensais como aluguel, contas de consumo, fatura do cartão de crédito, plano de saúde, educação, transporte, entre outras obrigações que dependem do faturamento da empresa para serem pagas.

3. Organize-se para poupar

Para formar uma reserva de emergência para MEI, você precisa se organizar para poupar uma quantia mensal até atingir seu objetivo.

Para isso, é fundamental ter seu fluxo de caixa sob controle e saber quanto você está lucrando mês a mês.

É desse lucro que será retirada a parcela para a reserva de emergência todos os meses.

Pode ser que o valor corresponda a 5%, 10% ou até 20% dos seus rendimentos – tudo depende da sua meta e da sua capacidade de juntar dinheiro.

Mas atenção: cuidado para não considerar apenas o faturamento e acabar se esquecendo dos custos da empresa, pois o valor correspondente a sua remuneração é somente o do lucro líquido (lucro total da MEI após o desconto dos gastos e impostos).

Quanto guardar na reserva de emergência do MEI?

Essa é uma questão muito particular, pois o valor da reserva de emergência para MEI varia conforme os custos do negócio e o padrão de vida de cada microempreendedor.

Nas dicas anteriores, falamos sobre a importância de levantar os custos da sua MEI e seus gastos mensais.

A soma desses valores será a base para a formação da sua reserva de emergência, porque o dinheiro precisa ser suficiente para cobrir suas despesas em uma situação de urgência ou custear imprevistos.

Por exemplo, se você ficasse impossibilitado de trabalhar por 3 meses, como pagaria todas as suas contas e manteria o negócio?

E se tivesse que pagar por uma cirurgia muito cara ou fazer uma reforma de emergência em casa?

O ideal é que o microempreendedor individual tenha dinheiro guardado para se bancar por pelo menos 6 meses – tempo estimado para que alguém consiga resolver situações que possam causar interrupção das atividades.

Então, supondo que você tenha custos mensais de R$ 2 mil em casa e gaste R$ 1 mil para manter o negócio, sua reserva deveria ter um montante de R$ 18 mil (6 meses x R$ 3 mil mensais).

É claro que você pode demorar muito para chegar a esse valor, mas é importante ir aos poucos e manter uma meta de poupança mensal realista.

Guardando dinheiro para se manter por 3 meses, por exemplo, você já está muito mais seguro do que se não tivesse nenhum valor poupado.

O que fazer com a reserva de emergência?

Depois que você juntou o dinheiro da reserva de emergência, é importante saber como gerenciá-lo.

Veja algumas dicas:

Invista o dinheiro da reserva

Não é por que se trata de uma reserva de emergência que você deve deixar esse dinheiro parado.

Para preservar sua reserva e, ao mesmo tempo, fazê-la render, você pode investir o valor em aplicações de renda fixa (categoria de investimentos que têm a rentabilidade conhecida no momento da aplicação) com baixo risco e alta liquidez.

No caso, a liquidez é a facilidade com que você pode resgatar a quantia aplicada sem perder dinheiro.

Existem vários produtos financeiros no mercado que oferecem essa conveniência e ainda rendem mais do que a poupança, como veremos adiante.

Conheça melhor os investimentos para MEI.

Escolha bem com o que gastar

Antes de recorrer à reserva de emergência, é importante se perguntar se a situação é realmente urgente.

Por exemplo, aproveitar uma promoção para comprar um produto que você quer não é uma justificativa para mexer na reserva.

Agora, se a geladeira de casa parou de funcionar (ou o freezer do seu estabelecimento), não há outra saída a não ser usar o dinheiro para o conserto ou a substituição.

Use como capital de giro

Se você não tem dinheiro em caixa para pagar uma dívida até o recebimento das vendas, vale muito mais a pena usar sua reserva de emergência do que buscar crédito no banco.

Depois que o faturamento entrar, você pode devolver o valor para a sua reserva, fazendo um “empréstimo consigo mesmo”.

Essa é uma prática saudável para manter um capital de giro no seu negócio e ter recursos para investir no crescimento da sua MEI.

Melhores aplicações para reserva de emergência

Se você pensou em colocar sua reserva de emergência para MEI na poupança, saiba que existem aplicações muito melhores para fazer seu dinheiro render com segurança.

Uma delas é o CDB (Certificado de Depósito Bancário), um dos investimentos mais populares da renda fixa que oferece opções de liquidez diária (resgate a qualquer momento) e boa rentabilidade.

Quando você compra um desses títulos, está fazendo um empréstimo ao banco e, em troca, recebe juros de acordo com o prazo e taxas acordadas.

A Neon, por exemplo, paga a partir de 95% do CDI em seu CDB, enquanto a poupança paga apenas 70% desse índice.

Com a Taxa Selic (taxa de juros básica da economia) em alta, vale muito a pena aplicar sua reserva de emergência em investimentos atrelados ao CDI, já que ambos os indicadores estão muito próximos.

Outra aplicação interessante da renda fixa é o Tesouro Selic: um título público federal que paga a Taxa Selic como rentabilidade e também oferece liquidez diária no horário de funcionamento do Tesouro Direto.

Por fim, você também pode deixar seu dinheiro da reserva de emergência MEI rendendo em fundos de investimento de renda fixa, que funcionam como condomínios de investidores e têm a vantagem da gestão profissional.

Tome cuidado apenas com as taxas de administração e prazos de resgate desses fundos.

Ficou claro como montar sua reserva de emergência para MEI?

Aproveite que chegou até aqui para dominar tudo sobre finanças para o microempreendedor individual.

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