Tabela do INSS: o que é, para que serve e como é feito o cálculo?

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Pessoa com mão em calculadora
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Organizadas conforme o regime de trabalho e faixa salarial, as alíquotas da tabela INSS causam confusão na hora do cálculo da dedução e geram dúvidas entre os contribuintes.

Isso pode ser um problema porque, para contar com os benefícios de seguridade social, é indispensável que as contribuições sejam feitas no valor correto.

Então, para não se confundir mais com as contas na tabela INSS, venha com a gente e aprenda tudo sobre os cálculos previdenciários no texto abaixo.

Pegue sua calculadora e vamos lá!

O que é a tabela do INSS?

A tabela INSS é o documento oficial que informa as alíquotas de contribuição previdenciária respectivas a cada faixa salarial.

As informações são organizadas com base no regime de trabalho envolvido, sendo que existem duas modalidades de tributação:

  • Tabela referente aos contratados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), empregados domésticos e trabalhadores avulsos;
  • Tabela referente aos contribuintes individuais, como os trabalhadores autônomos.

Vale ressaltar que não é preciso estar exercendo atividades remuneradas no momento para fazer a adesão à previdência pelo INSS. Nesse caso, a contribuição facultativa é feita seguindo a tabela dos contribuintes individuais.

Cidadãos desempregados podem quitar as Guias de Previdência Social (GPS) e garantir o acesso ao plano de seguridade pretendido.

Para que serve a tabela INSS?

O objetivo da tabela INSS é organizar por faixa salarial as alíquotas de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), de maneira a facilitar o cálculo do valor a ser deduzido.

As informações descritas na tabela são atualizadas periodicamente, levando em conta os índices inflacionários e demais mudanças legais, sendo que o contribuinte deve sempre estar atento a eventuais mudanças.

Por meio da contribuição, é assegurado o acesso aos seguintes benefícios:

  • Aposentadoria nas opções de faixa etária ou tempo de contribuição conforme as características do plano de seguridade aderido;
  • Aposentadoria por invalidez, em casos de impossibilidade de geração de renda;
  • Salário-maternidade, sendo que o benefício é concedido por 120 dias, salvo casos de aborto espontâneo, cujo auxílio é concedido por apenas 14 dias;
  • Auxílio-doença, no valor de 91% dos salário de contribuição, não havendo prazo máximo para o recebimento do valor;
  • Auxílio-reclusão, no valor de um salário-mínimo vigente, sendo que a duração do benefício depende da idade e grau de parentesco do beneficiário;
  • Pensão de morte no valor condizente às contribuições previamente efetuadas, sendo que a duração da pensão depende da idade dos dependentes.

Em relação a valores, deve-se enfatizar que nenhum benefício previdenciário pode ser inferior a um salário mínimo (R$ 1.320), nem superior ao teto do INSS (R$ 7.507,49).

Portanto, o objetivo da tributação do INSS é garantir a proteção socioeconômica do trabalhador brasileiro e sua família, promovendo melhores condições de vida em situações de aposentadoria ou impossibilidade de geração de renda. 

Qual é a tabela INSS para 2023?

Em função do aumento do salário mínimo em maio de 2023, a Portaria Interministerial MPS/MF Nº 27 DE 04/05/2023 estabeleceu valores atualizados para a tabela INSS.

Segundo as informações divulgadas, as novas faixas salariais e suas respectivas alíquotas são:

Categoria dos funcionários contratados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos
Faixa salarialAlíquota aplicada
Até R$ 1.320,007,50%
R$ 1.320,01 a R$ 2.571,299%
R$ 2.571,30 a R$ 3.856,9412%
R$ 3.856,94 a R$ 7.507,4914%
Categoria dos contribuintes individuais e facultativos
Faixa salarialAlíquota aplicada
Até R$ 1.320,00*5,00% 
R$ 1.320,00**11% 
De R$ 1.320,00 a R$ 7.507,49***20% 

* Alíquota aplicada somente aos trabalhadores de baixa renda e microempreendedores individuais (MEI).

**Alíquota aplicada somente ao Plano Simplificado de Previdência Social e optantes do regime tributário do Simples Nacional (com exceção do MEI).

***Alíquota referente ao Plano Normal de Previdência Social, que também garante acesso à aposentadoria por tempo de contribuição.

Lembrando que a contribuição dos trabalhadores de carteira assinada (primeira tabela) é feita pelos empregadores diretamente na folha de pagamento.

Como calcular o pagamento do INSS?

Para calcular o valor da contribuição mensal, é preciso aplicar a alíquota certa à faixa salarial referência. Por exemplo, se você for um profissional liberal autônomo que fatura R$ 5 mil por mês, deverá utilizar a correspondente alíquota de 20%, conforme a tabela dos contribuintes individuais.

Ou seja, você deverá contribuir com 20% de R$ 5 mil, totalizando R$ 1 mil.

Vale ressaltar que o INSS impõe um teto de contribuição no valor de R$ 1.501,50, destinado a trabalhadores que possuem renda mensal superior a R$ 7.507,49.

Atenção: para empreendedores do regime Simples Nacional, a contribuição mínima é fixa por categoria empresarial:

Confira a seguir as características da contribuição do INSS aplicada ao MEI.

MEI precisa pagar INSS?

Sim, a contribuição mensal ao INSS é um dos tributos obrigatórios incluídos no Documento de Arrecadação do MEI (DAS MEI), independentemente se houve movimentação financeira na empresa ou não.

A alíquota de INSS aplicada ao DAS é de 5% do salário mínimo, no total de R$ 66 mensais segundo valores a partir de maio de 2023.

Importante sinalizar que outros tributos também são contemplados no boleto mensal, uma vez que o DAS é a guia unificada de recolhimento tributário dos microempreendedores individuais.

O prazo para quitar o boleto é sempre até o dia 20 de cada mês, sendo que o atraso no DAS implica automaticamente na incidência de multa de 1% ao mês e juros de mora.

Como funciona a aposentadoria do MEI?

Como a contribuição ao INSS é efetuada no menor valor possível, o plano de seguridade garantido ao MEI também dispõe de plano de previdência mais básico.

Assim, a aposentadoria MEI é autorizada somente pelas modalidades de faixa etária ou invalidez, sendo que o valor a ser recebido é de apenas 1 salário mínimo vigente. 

Além de tais requisitos, o MEI também precisa ter contribuído com pelo menos 180 DAS MEI (ou seja, 15 anos) para poder solicitar a aposentadoria ao INSS.

Caso haja interesse em adquirir condições mais favoráveis de aposentadoria, saiba que é possível melhorar o plano de seguridade do MEI.

Por exemplo, para acessar a aposentadoria por tempo de contribuição, bem como aumentar o valor a ser recebido, o MEI precisa aumentar o valor mensal pago para 20% do salário mínimo.

Ou seja, considerando que 5% já são pagos via DAS, será preciso emitir uma GPS mensal no valor dos 15% restantes.

As GPS podem ser preenchidas de duas maneiras:

  • Manualmente, utilizando os carnês vendidos presencialmente em papelarias
  • Digitalmente, por meio da plataforma online da Receita Federal.

Como existem peculiaridades no planejamento previdenciário, recomenda-se consultar um advogado especialista para a verificação de todos os direitos disponíveis em seu caso.

Para o acesso aos benefícios previdenciários não ser indeferido, o MEI deve manter sua carga tributária referente ao INSS em dia.

Confira no vídeo abaixo os benefícios do INSS que o MEI tem direito:

Agora que você já sabe da importância da contribuição previdenciária, acompanhe o blog MEI Fácil por Neon e fique por dentro das demais obrigações e todos os assuntos relevantes para o MEI.

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